“Com 51 anos de idade, Juca ainda trabalha duro para sustentar sua família e manter as contas em dia. Sem reserva financeira alguma, Juca não pode nem pensar em parar de trabalhar, pois ainda está terminando de quitar algumas dívidas e o financiamento da casa própria, que finalmente está chegando ao fim.
Por dedicar a vida toda em sua carreira, ocupa um bom cargo na empresa em que trabalha, e com o bom salário que ganha consegue ter alguns luxos como manter dois carros, um para sua adorável esposa e um para si mesmo.
Juca também consegue todo ano fazer uma boa viagem em suas férias e ainda por cima paga a faculdade de seu filho mais novo que dentro de dois anos estará se formando em Direito.
Juca não pode nem pensar em perder o emprego, mas sempre enxergando o “copo meio cheio” segue trabalhando sorridente todo dia, pois em poucos anos estará dando entrada na papelada para sua aposentadoria.
O problema, é que se aposentando através da Previdência Social, dificilmente poderá manter o padrão de vida que conquistou ao longo de todos os anos de trabalho, e se não puder contar com a ajuda de seus filhos, terá que ver tudo o que conquistou ir embora e amargurar uma aposentadoria com padrão bem inferior ao que se tinha quando trabalhava.”
Essa é uma história fictícia, mas que infelizmente não está longe de ser real para muitos brasileiros.
Será que sabemos identificar quais erros cometemos ao longo de nossas vidas que nos impedem de sermos independentes financeiramente?
Veremos agora quais são eles.
Erro #1. 18 anos, o primeiro carro
Ao completar 18 anos, o sonho da maioria dos brasileiros é tirar a carta de motorista para logo em seguida comprar o primeiro carro de sua vida.
A sensação de liberdade de se ter o próprio veículo leva o jovem a voltar todas as suas economias para conquistar esse primeiro passo. E o mais importante é ver que as parcelas do financiamento cabem no bolso e ainda com direito de ter uns trocados para dar umas voltas nos finais de semana.
Não se leva em consideração a quantidade absurda de gastos que vêm com uma aquisição dessas. IPVA, combustível, manutenção, seguro. (fora as parcelas do financiamento)
Logo todo o salário ganho no início da carreira vai para a concessionária de automóveis e para mais impostos que sustentam o nosso governo corrupto.
Aposentadoria? Ainda é muito cedo para se pensar nisso…
Erro #2. De estagiário para o primeiro cargo importante
A primeira promoção no trabalho a gente nunca esquece. Aquela alegria de ter o aumento salarial não tem preço! Ou será que tem?
“Novo salário, nova vida.”
O segundo grande erro que cometemos é aumentar a quantidade de gastos conforme nosso salário aumenta.
Os jovens hoje vivem uma cultura totalmente voltada ao consumismo.
Podendo ser chamado de “garoto(a) propaganda” de grandes marcas, o brasileiro hoje se preocupa em consumir roupas de grife, celulares caros, carros do ano.
Ao invés de manter um padrão de vida mais simples, ou apenas manter o mesmo padrão a medida que o salário aumenta, novamente a oportunidade de se iniciar o plano de aposentadoria é deixado para o futuro.
Erro #3. Quem casa quer casa
Uma das melhoras fases da vida e de um relacionamento é o namoro. Conhecemos nossa alma gêmea e logo queremos passar o resto de nossas vidas com ela.
Portanto, damos um novo passo importante: o casamento.
Mas como o ditado popular já diz: “Quem casa quer casa”. Logo, procuramos um novo financiamento que caiba em nosso bolso.
Terceiro grande erro, entrar em um financiamento imobiliário logo no início do casamento.
Sem estabilidade alguma e ainda com as dívidas da festa de casamento, seguimos em direção a mais uma enorme dívida, e novamente a preocupação com a aposentadoria fica pra depois.
Erro #4. Estudos dos filhos
Dar tudo do bom e do melhor para os nossos filhos não é errado, o problema é deixar mais uma vez o plano de aposentadoria de lado.
Quarto erro, deixar tudo de lado e voltar todas as economias para os filhos.
Nossos filhos poderão contar com financiamentos estudantis para a faculdade ou até mesmo poderão desfrutar de uma universidade pública. Mas e nossa aposentadoria, como fica?
Erro #5. Confiando no Sistema Previdenciário
No final de nossa carreira profissional e sem nenhuma reserva financeira, a única alternativa é contar com o governo para a aposentadoria.
Discutir se o sistema previdenciário irá ficar sobrecarregado ou não nem vale à pena. A questão é: “Você quer confiar sua aposentadoria no governo que hoje usa o dinheiro público para benefício próprio e não garante nem saúde e nem educação?”.
Realmente não tem cabimento confiar algo tão importante como a aposentadoria a um governo tão falho como o nosso. O que o brasileiro não pensa é que o INSS que ele paga hoje, sustenta os atuais aposentados, e não há garantia alguma de que no futuro o sistema previdenciário poderá sustentar sua aposentadoria.
Algumas dicas para não cometermos os mesmos erros:
– No caso do automóvel, não financie! Junte dinheiro para comprar à vista, e de preferência um carro mais simples e usado. (carro zero no Brasil é muito caro, além de perder muito o valor quando o tiramos da concessionária)
– Para imóveis, melhor aguardar um momento de maior estabilidade na vida, quando se está em um emprego fixo, com a certeza de que não será necessário mudar de cidade ou estado.
– Inicie o seu plano de aposentadoria o quanto antes, pois quanto mais tarde começar, mais dinheiro terá que economizar.
– Mantenha um padrão de vida simples, nunca acima do poder aquisitivo.
– Invista um tempo na sua educação financeira, aprenda mais sobre investimentos, isso trará grandes retornos no futuro.
– Não confie no governo, dependa apenas de si mesmo para formação de sua aposentadoria.